terça-feira, 26 de junho de 2012

CAJU E CASTANHA PREPARAM CD GOSPEL PELA GRAVADORA DA IGREJA MUNDIAL



O apóstolo Valdemiro Santiago intimou a dupla que já frequenta a igreja há alguns anos
A dupla Caju e Castanha devem começar a produzir um CD evangélico para ser lançado pela WS, gravadora do apóstolo Valdemiro Santiago, que fez o convite para que a dupla se apresse em criar esse trabalho.Ricardo Alves da Silva (Caju) e José Roberto da Silva (Castanha) já se apresentaram em todo o Brasil, essa formação está na estrada desde 2002 depois que João Albertino da Silva faleceu devido a um câncer.José Roberto e José Albertino criaram a dupla na década de 70 se apresentando com pandeiros feitos de lata de marmelada, ao longo dos anos os emboladores ganharam fama nacional até que a enfermidade de Caju quase colocou um fim na carreira até que Ricardo, sobrinho de João Roberto se tornou o novo Caju.João destacou em entrevista para o site da Igreja Mundial do Poder de Deus que sua mãe é evangélica há mais de 30 anos, mas que ele pessoalmente, tem cerca de 15 anos de conversação e que está há sete anos na Igreja Mundial.Eles chegaram ao ministério fundado por Valdemiro Santiago através da TV, um veículo fortemente usado pelo líder religioso para atrair fiéis. “Víamos os milagres e ouvíamos a palavra do Apóstolo Valdemiro Santiago, Deus tocou em nosso coração dai viemos um dia para nunca mais sair”, relata.Sobre a produção de um CD os emboladores adiantam que será uma grande honra.“Será uma honra para nós falarmos de Jesus no ritmo de embolada e com isso levar a palavra de Deus aos simpatizantes desse ritmo. Tudo que Deus criou os ritmos, a música, tudo é para o louvor e a Glória de Deus e faremos parte dessa obra com muita alegria e retidão, mas acima de tudo grato a Deus por sua obra em nossas vidas”.


A IDOLATRIA


 “Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.”  1Sm 12.20,21
A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4). O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai (Êx 32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.

O FASCÍNIO DA IDOLATRIA. 

Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos. 

1) As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no 
sentido de se manter santo e separado delas.

2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.

3) Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.

A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA. 

Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza.

1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4; cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.

2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 nota) quanto o salmista (Sl 
106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios. Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).

3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11 notas; Ap 9.21 nota). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno. 

4) O Novo Testamento declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co 10.21).

DEUS NÃO TOLERARÁ NENHUMA FORMA DE IDOLATRIA. 

1) Ele advertia freqüentemente contra ela no Antigo Testamento. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Êx 20.3,4 notas). (b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38). (c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

2) A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles. 

(a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo. 
(b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18). 
(c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2Rs 25).

3) O Novo Testamento também adverte todos os crentes contra a idolatria. 

(a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo. (b) Daí, o Novo Testamento nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1Co 10.14; 1Jo 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).

Fonte: BEP


O RELACIONAMENTO ENTRE CRENTE O O MUNDO


“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” 1Jo 2.15,16


A palavra “mundo” (gr. kosmos) freqüentemente se refere ao vasto sistema de vida desta era, fomentado por Satanás e existente à parte de Deus. Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mundo, mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus, e de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação. Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo. Na presente era, Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade, das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões, comunicação de massa, esporte, agricultura, etc, para opor-se a Deus, ao seu povo, à sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16.26; 1Co 2.12; 3.19; Tt 2.12; 1Jo 2.15,16; Tg 4.4; Jo 7.7; 15.18,19; 17.14 ). Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos nascituros; a agricultura para produzir drogas destruidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos; a educação, para promover a filosofia ímpia humanista; e os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de conduta. Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos meramente humanos, há um espírito, força ou poder maligno que atua contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais. Finalmente, o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem, bem como todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas. 

(1) Satanás (ver Mt 4.10, nota sobre Satanás) é o deus do presente sistema mundano (ver Jo 12.31 nota; 14.30; 16.11; 2Co 4.4; 5.19). Ele o controla juntamente com uma hoste de espíritos malignos, seus subordinados (Dn 10.13; Lc 4.5-7; Ef 6.12,13).

(2) Satanás tem o mundo organizado em sistemas políticos, culturais, econômicos e religiosos que são inatamente hostis a Deus e ao seu povo (Jo 7.7; 15.18,19; 17.14; Tg 4.4; 2.16) e que se recusam a submeter-se à sua verdade, a qual revela a iniqüidade do mundo (Jo 7.7). 

(3) O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos de povo. O mundo está sob o domínio de Satanás (ver Jo 12.31 nota); a igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; Ap 21.2). Por isso, o crente deve separar-se do mundo.

(4) No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos (Hb 11.13; 1Pe 2.11).
(a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19), não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2 nota), não amar o mundo (2.15), vencer o mundo (5.4), odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9), morrer para o mundo (Gl 6.14) e ser libertos do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4). 
(b) Amar o mundo (cf. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual. É impossível amar o mundo e ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; ver Tg 4.4). Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele (ver Lc 23.35). Note, é claro, que os termos “mundo” e “terra” não são sinônimos; Deus não proíbe o amor à terra criada, i.e., à natureza, às montanhas, às florestas, etc. 

(5) De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a Deus: 
(a) “A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecaminosos e a gratificação sensual (1Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
(b) “A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos, mas proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Êx 20.17; Rm 7.7). Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia, violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28). 
(c) “A soberba da vida”, que significa o espírito de arrogância, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor, nem a sua Palavra como autoridade suprema. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).

(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo do mundo (ver Mt 9.11 nota; 2Co 6.14 nota) deve reprovar abertamente o pecado deles (Jo 7.7; Ef 5.11 nota), deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14), deve amá-los (Jo 3.16), e deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; Jd 22,23).

(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá tribulação (Jo 16.33), ódio (Jo 15.19), perseguição (Mt 5.10-12) e sofrimento em geral (Rm 8.22,23; 1Pe 2.19-21). Satanás, usando as atrações do mundo, faz um esforço incessante para destruir a vida de Deus dentro do cristão (2Co 11.3; 1Pe 5.8).

(8) O sistema deste mundo é temporário e será destruído por Deus (Dn 2.34,35, 44; 2Ts 1.7-10; 1Co 7.31; 2Pe 3.10 nota; Ap 18.2).


Fonte: BEP

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O QUE SIGNIFICA SER SERVO DE DEUS?


Todo crente tem grande prazer em declarar que é um servo(a) de Deus. Mas nem todos refletem nos privilégi­os que isto encerra, na importância que isto confere e na responsabilidade que isto significa. O privilégio do crente ser filho de Deus pela fé em Jesus é indi­zível, pois faz parte da família de Deus.
A imensurável importância do cren­te como servo de Deus, destaca-se ao considerarmos o fato de Cristo ser cha­mado de Servo de Deus, (Is 42.1; 52.13 e Fp 2.7).
Precisamos contemplar a vida e o trabalho de Jesus como Servo Modelo. Quanto à responsabilidade do crente como servo de Deus, está a sua obedi­ência irrestrita à vontade do Senhor. "Não servindo à vista como para agra­dar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus", Ef 6.6.
O crente torna-se filho de Deus pela fé (Jo 1.12 e Ef 2.8) e toma-se seu servo por amor. O tal obedece ao Senhor e para Ele trabalha impulsionado pelo amor que de Deus recebeu e que para Ele retorna como adoração, consagração, comunhão e serviço, uma vez que o amor sempre requer um objeto para tor­nar-se ativo. Tal servo é o inverso do mercenário, que trabalha apenas por lucro, interesse e conveniências pessoais.
Impressionante o fato por Deus dirigido, que na promulgação da lei divina no monte Sinai, logo após o seu preâm­bulo (Ex 20), o primeiro assunto é o do servo (Ex 21). E servo por amor (v5), e por isso servo "para sempre" (v6).
O conceito bíblico de servo vem do Antigo Testamento e nele também está o conceito de redenção do servo ou es­cravo. Esses dois lados de um mesmo assunto estão bem patentes no AT. Por outro lado, a revelação divina de servo de Deus é vista através do Novo testa­mento, a começar pelos ensinos de Je­sus sobre servo, e daí prossegue até Apocalipse 22.3,6, onde a figura do servo aparece nas últimas palavras da Bíblia. Ainda reportando-nos ao AT sobre os servos, no estupendo milagre divino do êxodo de Israel, quando Deus com mão poderosa o resgatou do cati­veiro egípcio, temos aí o princípio fun­damental do servo e seu serviço (Ex 6.6 e Dt 15.15).
Na exposição da doutrina do servo, o NT emprega vários termos no origi­nal, sendo dois deles de maior peso. Os demais são complementares.
O servo em relação ao seu Dono, Deus. Nesse caso o termo é doulos, que aparece repetidamente no NT. É o ser­vo em relação ao seu Redentor e Se­nhor, para fazer a sua vontade; como propriedade, por Ele adquirida. Alguns desses textos em que aparece o servo como doulos (Mt 25.21,23; 20.27; At 2.18; Rm 1.1 e Fp 1.1, a idéia, não o terno propriamente dito, está patente em muitas outras passagens como Êxodo 15.16; 19.5; Mt 20.28; Atos 20.28; Hb 9.28; Ef 1.7; l Co 6.20;
I Pedro 2.9 e Apocalipse 5.9.
O servo em relação ao seu trabalho para Deus, o terno original é diako­nos; isto é, servo em relação ao traba­lho que executa para seu senhor. Tra­balho abundante, de bom gosto, boa vontade, prazeroso, bem acabado, no prazo determinado e conforme as or­dens recebidas. Crentes há que em re­lação ao Senhor - como amo - são exemplos de testemunho, firmeza, per­severança, comunhão, adoração. Mas quanto a serviço para Deus são negli­gentes, descuidados, desorganizados, improvisadores e irreverentes.
Nos dias bíblicos o servo era como diakonos, que na casa do seu senhor executava todos os trabalhos, inclusi­ve os mais humildes e comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar da copa, da cozinha, dos bens de seu senhor, animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo aceso, tirar água e carregá-Ia para a família. Alguns prin­cipais textos em que aparece o servo como diakonos no original (Mt 20.26,28; l Tm 4.6; II Tm 4.11; Ef 3.7; Fp 1.1; 2.7 e 1 Ts 3.2.
O servo em relação a si mesmo no original é huperetes; e está relaciona­do ao desempenho do diakonos. Huperetes designava nas embarcações comerciais da época, o remador escra­vo, da terceira fileira de remadores (a última, de cima para baixo) nos navios trirremes. O trabalho dos huperetes não era visto, por ficar ele muito abaixo, na embarcação. Seu trabalho era hu­milde, pesado, mourejante e requeria o máximo das forças desses trabalha­dores. O termo huperetes aparece em relação a servo em Mateus 26.58; Lucas 4.20; Atos 26.16; Coríntios 4.1 e Marcos 15.54,65.
O servo em relação ao povo em ge­ral é o crente como servo de Deus em relação à sua congregação. Trata-se de leitourgeo, como aparece em Atos 13.2; 9.21; Romanos 15.16 e Filipenses 2.17. Daí vem o nosso "liturgia", liga­do ao culto coletivo cristão. Portanto, leitourgeo é o crente como servo em relação ao culto religioso.
O servo e seu culto pessoal é latreuo e está relacionado à sua adoração a Deus. Desse termo vem latria (adora­ção). Latria no original aparece em Lucas 2.37; Atos 27.23 e II Timóteo 1.3.
O servo como uma pessoa do lar é oiketes, relacionado a doulos, mas vol­tado para a família. Crente como ser­vo de Deus, há mais de um, mas, como filho, não. Deus não tem afilhados, pre­diletos, favoritos. Que tipo de servo somos nós?
Em Lucas 17.10 Jesus nos instruiu que após fazermos tudo o que nos for ordenado, devemos considerar-nos como servos inúteis (diakonos, no ori­ginal). Sem qualquer méritos em nós mesmos. Noutras palavras: Deus nun­ca será nosso devedor. Nós é que de­vemos tudo a Ele. O termo "inútil" corresponde a "desprovido de mérito adquirido".
Devemos tanto a Deus, que na exe­cução do seu trabalho, seja ele qual for, nunca iremos além do nosso dever; nun­ca atingiremos a área do mérito. Para servimos a Deus, é Dele mesmo que nos vem a graça, capacidade, dons e recur­sos. Mesmo que façamos o melhor, es­taremos sempre em falta com Ele.
O crente não será julgado diante de Deus como filho (quanto a salvação), mas como servo (quanto a serviços, obras). O crente como filho deve jul­gar-se a si mesmo, através da Palavra (I Co 11.31-32). Nesse julgamento prestaremos contas de nosso tempo, li­berdade cristã, responsabilidade e talentos recebidos de Deus. Quase todo crente pensa que no dia do julgamento da Igreja haverá somente galardões de Jesus para os seus, mas não é bem isso que a Bíblia revela, se examinarmos o assunto com mais cuidado.
Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por pre­ço incalculável, o do sangue precioso de Jesus, (I Pd 1.18-19). Somos para sempre devedores a Deus e temos que nos render voluntária e plenamente a Ele como Redentor. Por nossa plena submissão como servos é que desfruta­mos da verdadeira liberdade espiritual (Ef 6.6).
Essa elevada posição será eterna na glória celestial, enquanto aqui, cargos e posições como pastor, presidente da igre­ja, gerente, diretor, administrador, profes­sor, dirigente, muda de vez em quando.
No céu, conforme Apocalipse 22.3, não seremos conhecidos como diácono, presbítero, evangelista, pastor, escritor, cantor, bispo etc, mas como servos. "E nela estará o trono de Deus e do Cor­deiro, e os seus servos o servirão".